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Um pitada de açúcar mascavo

A sensação ao voltar é que nada mudou comigo, com as pessoas, com nada. Parece que nada aconteceu e que eu tenho que me lembrar que, sim, coisas aconteceram; sim, eu estava fora; sim, eu vivi muitas coisas; sim, eu não estive com meus amigos e com minha família por meses. Mas não sinto assim. Eu tenho uma capacidade incrível de me jogar às situações, vivê-las naquele instante. A vida é só aquilo e nada mais. Então agora estou aqui, e a vida é só isto. Ovo, Fortaleza, Ceará, Brasil.

Em 23/06, quando falei

Sentirei falta de quem sou aqui porque gosto de quem sou hoje e não sei se poderei sê-lo em Fortaleza, mas paro e penso: preciso sê-lo? Ser o mesmo? Seria possível?

era um pouco pensando nisso de ser um lá, um cá. Não estou reclamando de nada, mas, sim, será algo a digerir de alguma forma. Fazer com que eu possa ir avante com isso tudo. Forward. Vooruit : )

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Vamos acompanhar essa viagem!

Gostaria de ter mais paciência e dedicação – de um lado – e mais vontade – de outro – de escrever sobre minhas viagens, mas não tenho. Comecei a escrever a mais de uma semana, mas não tive paciência de levar adiante por enquanto. No entanto, vamos acompanhar a viagem deste pessoal aqui pela América Latina:

America de pie!

Cheio de fotos, mapas, descrições, vídeos, histórias, relatos… Tudo em espanhol.

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CouchSurfing

Para quem não conhece ainda, CouchSurfing é um sistema de acomodação para viajantes baseado na gratuidade e na beleza das relações sociais(!)

Você se cadastra e tem que criar um perfil. Quer abrir sua casa para receber viajantes do mundo? Dispõe-se a ser companhia na sua cidade? Gostaria de se hospedar na casa de outra pessoa durante uma viagem? Gostaria de ter companhia para passeios? CouchSurfing proporciona isso, de maneira gratuita. A partir do lugar desejado, você tem uma lista de surfers cadastrados e aí começa a partida: conseguirá um couch? aceitará oferecer seu couch para outro surfer?

Conseguir um couch pode demorar, pode nem sempre ser tão fácil, pode consumir certo tempo; por outro lado, você conhece outras pessoas, conhece um lugar na perspectiva de quem mora e de quebra ainda economiza na acomodação. Vale a pena tentar. Se der algum problema no host ou coisa do tipo, você pode denunciar a pessoa e ela “perde” no sistema CouchSurf. Normalmente, a língua padrão é o inglês, mas você pode pesquisar surfers pelo idioma que preferir.

Recomendo!

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Não posso o que eu quero?

Não gostei do último post, mas tudo bem: na vida, é vivendo que se aprende. Clichê? Foi mal.

Tá sendo uma bosta aqui, porque não sei quando vou poder viajar. É um cocozão. Até quando vai o curso de francês? Não sei! A professora não me diz exatamente e ninguém na sala parece se importar com isso. Não sei até quando vão minhas aulas da faculdade, e eu fico com as mãos atadas para marcar viagens! Porque tenho peso na consciência, não vou faltar.

corte abrupto – Minha vizinha brasileira acabou de tocar “Pra não dizer que não falei das flores”, do Geraldo Vandré. Essa música me lembra um pouco o meu pai; não pela letra em si, mas pelas vezes que já falamos dela. Lembrei agora também minha mãe a dizer que ela fazia terceiro ano dela, quando um colega dela chegou furtivamente com um LP da música, censurada, para eles ouvirem. Não vou filosofar sobre esses tempos que não vivemos e que parecem ter uma atmosfera de glória, mas vamos à letra propriamente: vem, vamos embora, que esperar não é saber; quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Cara… isso é muito forte. “Casou” muito com umas coisas que estava pensando hoje. Acho que sou muito parado na vida – mas isso é um desabafo apenas; não é para fazerem comentários de psicólogo para mim não. –

Pelo menos estamos com 3 viagenzinhas em mente, quase certas, quase planejadas. Me dá um mínimo conforto. Devo eu esticar minha estadia por aqui para julho?

Eu ia falar alguma coisa a mais, eu juro, só que teve essa história da música e me perdi completamente. Eu tinha uma coisa brilhante para compartilhar… Mas vocês perderam, porque eu não lembro mais.

Vamos falar de um assunto que está ficando muito recorrente aqui, e isso me preocupa já: comida. De ontem para hoje estou com um apetite voraz. Nada me satisfaz. Será que é ansiedade? E me sinto mais magro. Hoje me olhei no espelho e.. tipo.. nossa.. Quem sou eu? Com esta barba feia, corpo mirrado e cabelo bagunçado? Sou um imigrante lascado, prestes a assaltar todos os belgas, é isso que eu sou.

Hoje um cara morreu nas águas do canal perto daqui. Sei que não faz sentido dizer isso, mas pôs toda a minha vida aqui na Bélgica em perspectiva numa fração de segundos, enquanto eu pedalava, eu via os policiais, o corpo estirado coberto por um pano branco, e curiosos multiétnicos e ambulância na ponte. E daí que veio o link com a música e que eu me perdi. E por isso talvez a inquietação por conta das viagens, que é uma coisa que eu queria muito estar fazendo. Às vezes fico me coçando para não pegar um trem pra Bruxelas, só pra passar o dia (é meia hora daqui pra lá: o que tô fazendo aqui, meu?). E por isso talvez eu fique comendo, precise preparar algo pra comer, porque fico ansioso, meio tenso. E é por essas e outras que este blog faz bem pra mim às vezes: por as doideiras no lugar.

De brinde, para vocês, umas fotos daqui:

fiz uma coisa que normalmente não faria: pedi uma máquina emprestada (não briguem comigo sobre não ter comprado câmera ainda) para uma ocasião lá, e aproveitei para tirar foto desse beco que vai de uma rua comercial e dá na minha faculdade. a pintura na parede é um pouco maior que isso; aí é só um pedaço. :)

na balada, meu all star azul, sempre companheiro de viagens

essa vai especialmente para a @julianadiogenes (que perguntou sobre cafés daqui), mas também para todos que gostam de café-bebida, café-lugar, que gostam do café da lua nova, do café do dragão, e pras pessoas que já foram comigo pra esses lugares e... aheua :P

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