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Um mês e pouco para o fim

Aprontando em Barcelona

Hoje, 11 de junho de 2010. Não estou em Fortaleza, mas não me sinto completamente em Gent. Se bem que… alguma vez me senti completamente aqui? Por vezes uma sensação de estar ilhado; noutras situações, imerso, afogado e até mesmo sobrevivente, náufrago. É bizarro estar num lugar onde você não entende o idioma e tem de se comunicar num outro que também não é o seu e nem das outras pessoas. E interagir com brasileiros parece uma realidade-bolha às vezes.

O fato é que este experimento pessoal está perto do fim… Buá, buá. Daqui a um mês e meio estou de volta ao calor fortalezense, lutando contra as preocupações relacionadas à monografia e ao mestrado. Obrigado – sim, já quero agradecer – a quem participou comigo por aqui (lendo, comentando..), por twitter, por skype, por e-mails, por cartas, Facebook, Orkut e postais. Espero que tenha sido minimamente prazeroso do outro lado também. ¡Hasta luego! Está sendo muito bom enquanto dura.

Quanto a mim, neste exato instante vou fazer laundry e depois tenho que ver quantos dinheiros ainda tenho na minha conta… para ver o que poderei fazer neste tempo que me resta. Ah, e também tenho que estudar para minhas últimas provas: Human Rights in Developing Countries e Conflict and Development in a Global World – pelos nomes, acho que dá pra ver que o negócio não é brincadeira!

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Drops joaninos #3

Mono Quando penso apenas na monografia, é algo tranquilo na minha cabeça, mas é mestrado e a continuação disso tudo como um percurso que me complica. O que escolher? Que temática? Que objeto? Porque isso redesenha o panorama, mas deveria ser consequência de algo mais forte, e não essa tensão de escolher entre as “várias coisas” de que gosto. Não dá para atirar para todos os lados. Seria mais fácil se “alguém” chegasse e apontasse “Siga para noroeste…” Recebo sugestões.

Mobilidade O tempo está acabando… Daqui a pouco volto ao calor úmido de Fortaleza. Tive bons tempos por aqui e estou tranquilo com o retorno. Gostaria de fazer mais algumas viagens, mas não sei se tempo e dinheiro serão suficientes. De qualquer modo, tudo valeu a pena. E aprendi bastante sobre tudo: de vida e de estudo. Percebo que algumas daquelas velhas ideias foram restruturadas e fico feliz com isso. A bagagem volta mais cheia.

DIC Meu desejo para um mundo melhor de hoje passa por essa sigla: Do It Collectively. O “yourself” não quer dizer exatamente você, sozinho, mas que você pode fazer você mesmo em grupo.

Español Queria dizer aos amantes dessa língua que eles falam daquele jeitinho dos filmes do Almodóvar mesmo. Não é forçado. É uma beleza de se ouvir. E o catalão é bizarro à primeira vista, mas que língua diferente não seria? Resoluções para este ano: voltar a estudar Espanhol pra valer. E é superbacana porque tem muita gente na Europa estudando espanhol e porque quase todos os nossos vizinhos continentais.., né..?

Museus Procurem saber sobre o acervo dos museus que querem visitar. Depois escreverei um post sobre museus e lugares, mas é só pra lançar a ideia.  O melhor museu que já fui até agora foi 2 euros (Museus Reais de Belas Artes da Bélgica), e já cheguei a gastar 14 euros (Museu Van Gogh) num que… sinceramente não precisava custar tanto, mas que não me arrependo. Às vezes, preço é especulação mesmo.

Em breve, também, roteiros de viagem e fotos.

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drops joaninos #2

Primeiro pensei em falar parágrafos sobre meus pensamentos, mas isso cansa a mim e aos poucos que se aventuram por aqui. Depois pensar em imitar o pessoal do Suppaduppa e fazer um “Por que a Bélgica é um lugar legal” (só louco que eu diria que é o melhor lugar do mundo..), mas para isso eu teria que falar sobre os clichês belgas (chocolate e cerveja), e isso não me agradou. Não vou falar de viagens; prefiro comentar depois que elas acontecerem. É porque as próximas duas semanas são de Easter Break (férias de Páscoa), e todos os estudantes viajam. Só digo uma coisa: vou para um lugar famoso e um lugar incomum para os padrões “brasileiro-na-europa”.

Por estes dias me bateu uma plácida gratidão à União Europeia por me fazer estar aqui. Apesar de ter desejado, nunca pensei que isto realmente aconteceria. Estou fazendo uma pesquisa em grupo sobre o Congo: quem estuda o Congo no Brasil? Estou estudando direitos humanos, algo que sempre quis estudar, e o engraçado é que é com relações à América Latina e à África. Estou vendo coisas ‘novas’ e ‘velhas’.

Por estes dias planejarei julho. Por estes dias comprarei finalmente uma máquina (hoje, choveu antes do pôr-do-sol e o céu estava muito bonito; se eu tivesse uma câmera, fotografaria…). Por estes dias, pensei em mim, em vocês, na distância geográfica e na distância social; é inevitável que aconteça, mas estou tranquilo.  No mais, fotos:

no beco diagonal

jardins suspensos da babilônia

brussels.in.lomo

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2º dia

Conheci alguns lugares hoje. Já estou me habituando a algumas particularidades, mas ainda não captei direito a mensagem de que é real. Quando eu conseguir ficar sozinho em algum lugar, talvez.

Estou com um quarto. É bem maior do que eu imaginava que seria, mas também é mais caro que a média dos quartos que o pessoal brasileiro tem conseguido por aqui – mas é um pouco menos que a metade do valor da bolsa, então está valendo.  :) E é grande mesmo. Hoje conheci a Elizabeth na universidade (logo depois de ter deixado minhas coisas no quarto), uma nipo-brazuca, e ela e o Guilherme já foram para o meu quarto hoje com a cerveja belga Duvel e coisinhas de comer :D Umas vizinhas sérvias tentaram me ajudar a ter internet, mas o serviço em casa será fuleiro. E depois nos perdemos pela cidade. Não era eu que estava com o mapa, é claro..

Agora são 20:57. Uma vizinha grega da Beth disse para irmos para um pub, que vai ter festa Erasmus. Começou tudo?

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